Últimas do Blog
Fique por dentro das novidades e aprimore seu conhecimento!
20/AGO/2021
As primeiras olimpíadas ocorreram na Antiguidade, em 776 a.C, na Grécia, nas quais os gregos antigos competiam entre si para demonstrar, com intuito religioso, a dignidade perante os Deuses do Olimpo. Por um período houve uma pausa na realização das competições, e em 1896, na Era Moderna, houve o restabelecimento dos jogos. Assim, Tóquio sediou no dia 23 de julho de 2021, a 32ª Olimpíada (1,2). No ano de 2021, o Brasil contou com a presença de 303 atletas, competindo nas 21 das 46 modalidades do evento. Tendo em vista tantos atletas e o atual cenário da pandemia ocasionada pelo vírus Sars-Cov-2, deve-se ressaltar a importância do médico responsável pela saúde desses esportistas (3).
Sendo assim,é notório que os médicos têm um papel fundamental nas Olímpiadas, pelo fato de ser necessário um acompanhamento e um monitoramento personalizado para cada competidor, com o objetivo de manter de forma saudável e íntegra as partes física e mental do indivíduo, evitando que haja uma sobrecarga, principalmente, do sistema cardiovascular, da musculatura esquelética e do psíquico. Ademais, diante de casos de lesões, que é possível ocorrer em Olimpíadas, os médicos são essenciais no tratamento e no prognóstico positivo dos competidores (4). O Comitê Organizador das Olimpíadas de Tóquio requisitou 200 médicos da medicina do esporte para atuarem durante os jogos, fornecendo auxílio de primeiros socorros, a eventuais lesões, em exames que antecedem a competição e até mesmo, em suspeitas de casos de COVID-19. A medicina esportiva, de modo geral, tem como função o acompanhamento longitudinal do atleta, atuando de forma a prevenir lesões e também em seu tratamento e reabilitação (5).
De acordo com as estatísticas realizadas nas Olimpíadas de 2016, pelo Comitê Olímpico Internacional, foi reforçado a ideia da importância dos médicos nos Jogos Olímpicos. Isso ocorreu pelo fato de ter sido relatado que cerca de 10% dos jogadores foram obrigados a abandonar o jogo por conta de alguma lesão, que geralmente ocorre nos membros inferiores (6).
Exemplos de atuações práticas dos médicos do COB que auxiliam em casos de lesões de esportistas durante as competições:
A judoca brasileira Maria Suelen foi avaliada, ainda no tatame, por um médico da equipe de judô, que indicou e solicitou que a competidora fosse encaminhada para a realização de exames de imagem, por uma provável lesão no joelho. Dessa forma, foi confirmado a lesão do ligamento patelar do joelho esquerdo da judoca e ainda será necessário cirurgia (7).
A levantadora do vôlei feminino, Macris, sofreu uma entorse no tornozelo durante a partida contra o Japão. O médico da equipe prestou auxílio e está acompanhando a recuperação da atleta (8).
Diante do contexto atual, de pandemia pelo novo coronavírus, Sars-CoV-2, foi imposto restrições e protocolos rígidos para que ocorressem os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Dessa forma, só foi possível acontecer a partir da comissão médica formada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), em que se teve o auxílio da participação de médicos infectologistas para acompanhar a delegação brasileira no Japão. A comissão conduzirá, em conjunto com a Chefia da Missão, as principais decisões do planejamento, desde a testagem da delegação até a divisão de quartos dos atletas na Vila Olímpica, garantindo assim, a melhor segurança dos competidores (9).
Infere-se, portanto, que os Jogos Olímpicos são considerados o maior evento esportivo, em que se tem como objetivo o estímulo de competição sadia entre os participantes. No entanto, pode-se perceber que os índices de lesões nesses jogos são relativamente elevados, sendo assim, é indispensável a presença e a atuação de médicos nas Olimpíadas, já que são estes que irão garantir a segurança e o bem estar dos atletas.
Autoria: Comissão Ensino Médico: Gabrielle Grecov Pissolatto e Júlia Maeda Maciel
Referências bibliográficas:
(1) Em respeito aos deuses gregos do Olimpo. Acesso em: 7 de julho de 2021. Disponível em: < https://www.cob.org.br/pt/cob/movimento-olimpico/o-moviment>
(2) Rubio, KátiaJogos olímpicos da era moderna: uma proposta de periodização. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte [online]. 2010, v. 24, n. 1, pp. 55-68.
(3) Medicina Esportiva nas Olimpíadas: COVID-19, lesões e muito mais sobre Saúde no Esporte. Acesso em: 7 de julho de 2021. Disponível em: < https://med.estrategiaeducacional.com.br/blog/atualidades/medicina-esportiva-nas-olimpiadas/>
(4) Defesa nas Olimpíadas. Acesso em: 7 de julho de 2021. Disponível em: < https://www.gov.br/defesa/pt-br/olimpiadas-2021/defesa-nas-olimpiadas>
(5) Avaliação multidisciplinar em medicina esportiva. Acesso em: 7 de julho de 2021. Disponível em: < https://www.hcor.com.br/materia/avaliacao-multidisciplinar-em-medicina-esportiva/>.
(6) OLIMPÍADAS: Incidência de lesões é de quase uma por jogo, segundo estatísticas. Acesso em: 7 de julho de 2021. Disponível em: < https://www.jornaldooeste.com.br/esporte/olimpiadas-incidencia-de-lesoes-e-de-quase-uma-por-jogo-segundo-estatisticas/>
(7) Judoca Maria Suelen vai passar por cirurgia no joelho no Brasil Acesso em: 7 de julho de 2021. Disponível em: < https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2021-07/judoca-maria-suelen-vai-passar-por-cirurgia-no-joelho-no-brasil >
(8) Médico do Brasil fala sobre evolução de
Macris após lesão: “Prognóstico muito bom”. Acesso em: 7 de julho de 2021.Disponível em: <https://www.gazetaesportiva.com/olimpiadas/medico-do-brasil-fala-sobre-evolucao-de-macris-apos-lesao-prognostico-muito-bom/ >
(9) COB monta comissão médica com infectologistas para a Olimpíada. Acesso em: 7 de julho de 2021. Disponível em: < COB monta comissão médica com infectologistas para Olimpíada (terra.com.br)>
Categorias